O transtorno de personalidade borderline (TPB) é caracterizado por uma constante alteração de humor e comportamentos. Essas variações geralmente resultam em comportamentos impulsivos que geram impacto direto nos relacionamentos. Além disso, pessoas com o diagnóstico de personalidade limítrofe/ borderline, podem experimentar episódios intensos de raiva, depressão e ansiedade que podem durar de algumas horas a dias.

É comum que o paciente diagnosticado com borderline tenha interrompido inúmeras vezes o atendimento psicológico alegando não ter tido nenhum resultado, isso geralmente acontece porque outras abordagens além da DBT não apresentam eficácia no tratamento da personalidade limítrofe.

Uma grande razão em iniciar o atendimento psicológico no paciente borderline, é que, além do enorme sofrimento do paciente, o transtorno de personalidade borderline tem altas taxas de suicídio.

Segundo o American Psychological Association (APA), essa taxa chega a quase 10% dos pacientes com esse transtorno, o que é 50 vezes um número maior que as taxas da população em geral. Em razão das pesquisas e evidências científicas, notou-se que o tratamento através da psicoterapia contribuiu e melhorou a vida desses indivíduos. Diante disso, a APA voltada à promoção de práticas baseadas em evidências, apontaram ainda a Terapia Comportamental Dialética (DBT) como o tratamento de escolha para o TPB em razão da extensa evidência científica sobre sua eficácia para o tratamento do transtorno e de quadros sintomáticos relacionados“ (APA, divisão 12, 2017).

O tratamento para pacientes com transtorno borderline tem evidências para psicoterapia em DBT, que é padrão ouro. Além da psicoterapia, o uso de psicofármacos e acompanhamento psiquiátrico são fundamentais para a remissão do transtorno. No mais, hoje entendemos que é perfeitamente possível um paciente ter uma vida funcional e saudável após o acompanhamento psicológico (DBT) e psiquiátrico.